Filipe Ribeiro de Meneses em "Salazar - Uma biografia política":
Salazar é caso único entre os “grandes ditadores” do século XX na medida em que o seu protagonismo público decorreu do seu mérito académico. Que esse mérito tenha sido a oportunidade de se manifestar é o resultado de uma série de escolhas feitas no seu interesse por uma família empreendedora e sensata, que soube aproveitar todas as oportunidades à sua disposição para que Salazar prosseguisse os seus estudos. Tendo tido uma ascensão rápida na hierarquia da Universidade de Coimbra, um Salazar politicamente ambicioso foi obrigado a marcar passo até 1926, já que as suas predilecções políticas católicas não contavam com as boas graças da I República portuguesa. Nesse ano, o Exército derrubou o regime moribundo, procurando depois constituir uma equipa de especialistas civis destinada a ajudar a endireitar as finanças e a vida económica portuguesas e a moldar novas instituições políticas. Salazar tirou pleno partido da nova situação. Em 1928, aos trinta e nove anos de idade, tornou-se o “ditador das finanças” do país, assumindo o Ministério das Finanças, no Terreiro do Paço; quatro anos depois, mudou-se para o Palácio de São Bento, ao ser nomeado presidente do Conselho de Ministros, cargo que haveria de ocupar durante os trinta e seis anos seguintes.
Escuto a discussão no Parlamento sobre a fuga de informações nas secretas e, mais uma vez, como na maioria dos debates, ninguém fala do essencial. O problema nas secretas tem um nome: maçonaria. Meandro "discreto" que, aliás, grande parte dos deputados conhece...
A propósito da manifestação de amanhã, deixo-vos este texto publicado na revista Resistência, número quadruplo Novembro/Dezembro de 1977, sem firma:
ABORTO: SIM OU NÃO?
Sob este mesmo título publicou o Diário de Notícias de 25/1/78 (nota minha: a data está errada quanto ao ano, atendendo à da revista) um inquérito que nos merece alguns reparos.
Após avisar o leitor incauto de que “a estimativa (do inquérito sobre o aborto) resulta de indicações de dados cuja veracidade não pode ser rigorosamente garantida em virtude de ser difícil obter respostas directas sobre este problema”, o senhor Mário Bacalhau tem uma amnésia brusca, partindo precisamente dessa estimativa para uma longa série de especulações numéricas sobre a aceitação ou não da prática do aborto. Sem nunca evocar a Ciência ou a simples Moral, limita-se o autor a expor a fria mensagem, a tal “cuja veracidade não pode ser rigorosamente garantida”.
Embora conclua que “é evidente que a recolha de opiniões acerca do aborto e a sua análise estatística não servem para justificar leis ou princípios morais e sociais de condenação ou aceitação do aborto”, o que é certo é ter sido feito um longo trabalho de mentalização, pois a verdadeira “conclusão” a extrair do inquérito é bem clara: “Uma boa parte das mulheres portuguesas já praticou o aborto, pelo menos uma vez”. Conclusão peremptoriamente afirmada, voltamos a recordar, com base em dados cuja veracidade não foi rigorosamente garantida.
Tratar o problema do aborto sob esta capa de pseudo-neutralidade é já em si um atentado à Ciência, à Lei Natural e à Moral tradicionalmente católica do nosso Povo.
Perante o assassinato, o roubo, a violação, etc., não se vai “objectiva e neutralmente” fazer um inquérito sobre a quantidade de cidadãos que praticou algum destes crimes.
Nem mesmo que tal se fizesse esses crimes deixariam de ser aquilo que são: aberrações do homem pervertido e caído da Graça.
Quem estará por detrás de toda esta orquestração “Pró-aborto” que se vem cada vez mais fazendo ouvir na “nossa” Imprensa e na “nossa” Rádio e Televisão?
A quem interessa a degradação dos nossos costumes?
A quem serve o crime?
Numa palavra: QUEM PODE ESTAR INTERESSADO NA DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUÊSA?
(um pedaço do muro de Berlim, derrubado para o comunismo entrar na Europa...)
A angústia de um bom pastor, D. Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis, Brasil:
“Pelo amor de Deus! Estamos diante de uma situação humanamente irreversível. A América Latina, outrora ‘Continente da Esperança’, como a saudava João Paulo II, hoje mergulha na ante-câmara do terrorismo vermelho, aliás, como prenunciava aos pastorinhos de Fátima a Senhora do Rosário.”
“Podem parecer, a essa altura, resquícios de uma idade de trevas, mas tudo acontece como se ouviu em dezembro de 1917 (“a Rússia comunista espalhará seus erros pelo mundo, com perseguições à Igreja, etc.”). Assusta-me a corrupção dentro da Igreja, o desmantelamento dos seminários, a maçonização de Cúrias e Movimentos.”
“Horroriza-me a frieza com que olhamos tal estado de coisas. Somos pastores ou cães voltados contra as ovelhas? Somos ou não, além disso, cúmplices de uma política atéia empenhada em apagar os últimos traços da nossa vida cristã?”
(fonte: Fratres in Unum)
José Adelino Maltez, A Influencia da Maçonaria no pensamento jurídico-político do Portugal contemporâneo, edição do Grémio Lusitano, 2005:
"A ruptura iluminista passou pelo oratório Verney e nunca assumiu os laivos anticlericais que a marcaram noutras paragens; mais recentemente, o próprio marxismo dos anos sessenta e setenta entrou, em grande parte, pelas portas que lhe foram abertas pelos chamados cristãos-progressistas".
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Do pouco que li na rede sobre o "massacre de Oslo", o simpático e cavalheiro Breivik não passa de mais um produto acabado da modernidade: maçom, sionista, cristão anti-católico (protestante), anti-muçulmano, democrata, nacionalista, europeísta, etc. A lista continua e parece absolutamente contraditória, mas não deixa de ser normal para um perfil do género. Como é óbvio, na necessidade de encaixar o indivíduo numa patologia psicótica qualquer, escolheram a de "extremista cristão", que cola como barro na parede, quando se trata apenas de um homem normalíssimo, irmão fraterno de uma loja, viciado em jogos de computador, consumidor de pornografia: o homo modernus. Para ajudar à festa, o tipo até odeia o Papa...
Esta aparente (a)normalidade do cidadão Norueguês choca e põe um pouco a nu o mundo em que vivemos e as mentes perversas que consegue gerar. Breivik é um monstro das ideologias, o que há-de fazer o assunto desaparecer dos noticiários num abrir e fechar de olhos.
"O processo de globalização entrou na sua fase terminal, sem recuo. Quem tentar trava-lo acabará trucidado por ele". (minuto 21)
Como a comunicação social se arrasta sempre como fiel servidora dos interesses eleitoralistas de um qualquer partido em congresso, aqui fica o discurso de Almeida Santos, histórico socialista e presidente do PS. Ouçam do minuto 17 ao minuto 23 e atentem bem ao que verdadeiramente motiva esta marcha intencional de crise económica global.
Quando Cavaco Silva teve o desplante de anunciar a sua recandidatura à presidência da república, garantiu aos portugueses a independência total em relação a qualquer partido político. É uma mentira comummente aceite sobre os mais elementares interesses que levam a uma eleição. Nada de novo, portanto. Mas Cavaco elevou a fasquia: ele chega a ser independente de si mesmo. Foi-o no aborto, como recordará a história, num dos maiores actos de cinismo disfarçado a que Portugal assistiu, e é-o novamente na corrida presidencial. Fala a duas vozes, uma do candidato e outra do Chefe de Estado, demonstrando à saciedade que o principal problema do republicanismo jacobino é, tão só e sem grande elaborações, uma gravíssima e fingida perturbação de identidade.
"Work of Human Hands: A Theological Critique of the Mass of Paul VI" do Rev. Anthony Cekada. Blogs do autor: Quidlibet e Doctrina Liturgica.
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Nota: O facto de o Padre Cekada ser sedevacantista não significa que assuma a mesma posição, muito pelo contrário. Aliás, o livro não aborda sequer essa matéria.
A notícia da contínua apostasia de D. Januário Torgal - semelhanças com alguém que não queria legalizar, mas também não queria condenar? - já chegou ao Brasil, no sítio do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira. Vale a pena ler.
Aqui há dias, comentava com uma amiga que fazia por não assistir à Missa de determinado padre porque duvido da validade sacramental da mesma. Ela ficou chocada, embora não indiferente, sem perceber "tamanha falta de Fé" (sic). A verdade é que a Missa e a vida do dito tendem mais à heresia do que a outra coisa qualquer, como se a liturgia fosse a lex orandi da sua lex vivendi. Portanto, das duas uma: ou a Missa é inválida e os fiéis vão ao engano ver profanar o altar, ou é válida e o sacerdote comunga sacrilegamente.
Entretanto, à parte a discussão litúrgica e sacramental deste particular, lembrei-me hoje que a mesma dúvida se aplica que nem uma luva a D. Januário Torgal. E vai para anos que não é caso isolado...
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O Rorate Caeli publicou sobre esta entrevista. [27/06/2010]
Habituámo-nos à sátira do puritanismo evangélico norte-americano personificada no Flanders. Um personagem que educa os filhos numa norma incompreensível ao mundo liberal da família Simpson, envergonhando o próprio pastor local que, como qualquer bom funcionário protestante, é pouco dado a sacerdócios. É um retrato típico da América. Por cá, na Europa, o Flanders seria facilmente substituído, em contra-posição, por uma Fernanda Câncio, também ela protestante mas com tudo o que cheire a religião autêntica. Era vê-la pendurada na varanda do seu apartamento a praguejar democraticamente contra a liberdade de procissão. Dava umas belas estórias...
Existe, contudo, outra figura mais interessante na série dos bonecos amarelos: o Krusty the Clown. É um filho degenerado de pai judeu, que ganha a vida a fazer palhaçadas para a pequenada. Fora dos palcos, sem máscara, tende à criminalidade e ao laxismo. E este também era facilmente substituível no velho continente, mas sem contra-posição absolutamente nenhuma. O Shönborn ia fazer rir muita gente...
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Dos episódios europeus dos Simpsons, saiu recentemente uma edição especial gravada na cátedra de Pedro. Sem palavras. Os fãs carismáticos agradecem.