A "direira anti-conciliar" e das "raizes mais profundas" em Portugal
Riccardo Marchi à edição d' O Diabo desta semana (destaques meus a negrito):
Ao falar de direitas significa que não há uma direita?
Sem dúvida. A existência de direitas plurais, muito diferentes entre elas é um dado empírico. Há umas direitas contra-revolucionárias e umas direitas herdeiras das revoluções dos séculos XVIII e XIX, umas direitas monárquicas e umas direitas republicanas, há umas direitas profundamente influenciadas pelas revoluções nacionais dos anos 20 e 30 do século XX e umas direitas que se opuseram determinantemente aos fascismo; há umas direitas católicas anti-conciliares e umas direitas laicas que pouco se interessam com a dimensão religiosa; há umas direitas que, face à crise na Europa, procuram soluções no tempo (indo às raízes mais profundas do Velho Continente) e há umas direitas que procuraram estas soluções no espaço (olhando além-Atlântico).