JSarto a 12 de Maio de 2010 às 15:26
Caro amigo
Em relação a esta visita, não tenho lido nada nos jornais, nem visto televisão. Prefiro segui-la pela internet, lendo em primeira mão as intervenções do Santo Padre publicadas na página oficial da CEP. Intervenções que, de resto, analfabetos funcionais, como o são boa parte dos jornalistas no activo, não percebem.
É analfabetismo, mas não se limita a isso... e isso é que é preocupante.
JSarto a 12 de Maio de 2010 às 15:41
De qualquer modo, hoje vislumbrei alguma ambiguidade no discurso que Bento XVI proferiu no CCB, num estilo demasiado próximo do de João Paulo II, a recordar-nos que o actual pontífice, apesar de muito amigo da tradição, é permeável a conceitos pouco tradicionais. Veja-se o caso da "civilização do amor": o que é isso, pergunto eu? Se isso for o Reinado Social do Coração de Jesus, aceito essa civilização; caso contrário, prescindo dela.
Surpresa, e grande, foi o discurso do cineasta Manoel de Oliveira: a parte final foi mesmo notável, ao evocar os fundamentos cristãos da civilização europeia. Parecia mesmo que era Hilaire Belloc quem ali discursava.
Não o nego. Aliás, concordo consigo. As contradições parecem constantes, embora considere que se lermos atentamente os discursos e homilias de Bento XVI notamos que determinados trechos que parecem menos tradicionais podem ser melhor interpretados se lidos à luz de outras considerações expostas nos mesmos, e não isoladamente (apanágio dos media). Paracem contrários, mas não serão antes inevitabilidades de discurso que, preenchidas com outras afirmações absolutamente tradicionais, ganham novo sentido - um sentido que não sabemos hoje descortinar a não ser pela bitola a que estavamos habituados?
JSarto a 12 de Maio de 2010 às 16:03
Eu quero crer que sim, mas isto causa não poucas confusões a muita gente menos prevenida e coloca-nos entre dois fogos: o dos sedevacantistas e o dos progressistas radicais, que usam e abusam destas ambiguidades aparentes para nos castigarem.
Sem prejuízo, eu acredito, e passe a expressão, que o grande coelho que o Papa traz na cartola, só será puxado para fora amanhã de manhã em Fátima. E é isso que definirá esta viagem, em detrimento de tudo o mais.
Certamente. As declarações à imprensa no avião indicam isso mesmo. E por isso mesmo ainda não as comentei aqui, porque amanhã terão seguimento...
misugi a 12 de Maio de 2010 às 17:08
«A Igreja – escrevia o Papa Paulo VI – deve entrar em diálogo com o mundo em que vive. A Igreja faz-se palavra, a Igreja torna-se mensagem, a Igreja faz-se diálogo» (Enc. Ecclesiam suam, 67). De facto, o diálogo sem ambiguidades e respeitoso das partes nele envolvidas é hoje uma prioridade no mundo, à qual a Igreja não se subtrai.
A igreja não tem de se adaptar ao mundo tem de "entrar em dialogo com o mundo". Palavras do Santo Padre.
Compreendo que tenham visto "ambiguidades" no seu discurso. Eu não vi. Vi um discurso coerente, de grande coragem e de um amor infinito por todos os homens. Um discurso só ao nível dos grandes homens.
Se a conclusão da comunicação social é "distorcida" e "não discute o que interssa", digam-me o que interssa discutir.
O Papa afirma que há um conflito entre o Presente e a Tradição sem dramas e sem exclusões. Apenas afirma a necessidade de diálogo.
Se há gente que se exclui´são os "tradicionalistas", que por mim são católicos, tal como eu, nem melhores, nem piores (e isto não é relativismo). Mas pela graça de Deus deixem-se da mania da perseguição, vocês não são donos da verdade, tal como eu não sou. A unica verdade é Cristo. Agora expliquem-me porque é que o vosso caminho é o certo e o meu não ?
Abraço em Cristo
Sandro de Pontes a 15 de Maio de 2010 às 14:34
Amigos, salve Maria.
Parece-me que o coelho ficou na cartola.
Abraços,
Sandro de Pontes