Eles, no mundo deles
Perante o anúncio de que Mário Soares e os capitães de Abril não participarão amanhã nas comemorações oficiais da revolução, e atendendo às razões apresentadas, não restam dúvidas de que o que esta escumalha queria, mais do que uma democracia, era a sua democracia. E têm-na: um regime que lhes paga a vida e lhes deu a vida que lhes paga; um regime que lhes permite fazer um teatrinho de vez em quando, com plateia assídua da extrema-esquerda e aplauso dos demagogos do costume. Porque, afinal, a democracia é bonita desde que garanta determinados "direitos fundamentais" (os da vida deles, sobretudo), e se vergue à autoria e autoridade morais de quem, para mal do país, o proporcionou.
Cambada de traidores.