Ortodoxia
G. K. Chesterton, in Autobiografia:
No mundo da literatura e do jornalismo, quase todos deram por adquirido que a minha fé na doutrina cristã era uma pose ou um paradoxo. Os mais cínicos estavam convencidos de que era um simples truque. Os mais leais e generosos sustentavam afectuosamente que se tratava de uma graça. O horror da verdade, a vergonhosa constatação de que eu acreditava realmente em tudo aquilo, só muito mais tarde explodiu diante deles. [...] Os críticos mostravam-se quase sempre elogiosos com aquilo a que gostavam de chamar os meus brilhantes paradoxos, até descobrirem que eu queria realmente dizer aquilo que dizia. A partir desse momento, tornaram-se mais combativos comigo.