Sexta-feira, 04.04.14

Martírios modernos

Um dia, quando formos a uma entrevista de emprego, em vez de nos perguntarem quais são as nossas expectativas salariais e de termos de florear o muito que podemos dar a uma determinada empresa, passamos a ser sujeitos a uma avaliação de carácter que, semelhante a provas que hoje já se praticam, incidirá sobre questões relacionadas com a moral para traçar o perfil do candidato. Não, não se trata de procurar saber se o funcionário seria capaz de, por exemplo, ser injusto com os colegas, enganar os patrões ou roubar uns dinheiros do cofre. Ultrapassa isso: trata-se de perceber se a pessoa está alinhada ou não com a ditadura da opinião dominante, sob pena de ser remetido à leprosaria dos "fassistas". É institucionalizar no trabalho o que se passa na rua.

 

Brendan Eich, ex-CEO do Mozzilla, não escapou a uma outra versão do descrito. Vasculharam-lhe a vida, descobriram-lhe a careca e a leprosaria ganhou mais um inclino. Em nome da santa tolerância...

 

A ler: What Mozilla Means

publicado por Afonso Miguel às 22:40 | link do post | comentar
Domingo, 16.03.14

"For the record"

A boa notícia:

 

Chumbado diploma da coadoção

Diploma do PS sobre a coadoção de crianças por casais homossexuais foi chumbado no Parlamento com 112 votos contra.

 

A má notícia (negritos meus):

 

Coadoção: Federação Portuguesa pela Vida saúda «chumbo» do Parlamento

Instituição insiste na necessidade de um referendo à adoção por uniões do mesmo sexo.

 

(...)

 

Para a FPV, esta decisão dos deputados representa “uma vitória da Democracia, da família e sobretudo das crianças portuguesa mais carenciada”.

 

O comunicado critica o que denomina como “agenda oculta” dos socialistas e sustenta que “o povo português tem o direito a pronunciar-se com o seu voto sobre qualquer alteração legal” que “viole o direito das crianças a um pai e uma mãe”.

 

(...)

 

Um manifesto subscrito por 84 personalidades da sociedade portuguesa exige um referendo à lei da coadoção e adoção por pessoas do mesmo sexo, sublinhando que “o referendo nacional é uma exigência constitucional e politicamente adequada às matérias subjacentes”.

 

O manifesto sustenta que o Parlamento não se encontra legitimado para tomar uma decisão, por entender que matéria não foi submetida a discussão na campanha eleitoral.

 

Subscrevem este documento, entre outros, João César das Neves, Daniel Serrão, José Lobo Moutinho, Maria do Rosário Lupi Bello, Paulo Adragão e Manuel Braga da Cruz (professores universitários), Isilda Pegado e António Pinheiro Torres (presidente e vice-presidente da FPV).

 

Nada de "princípios que não são negociáveis". Referendo para a frente...

publicado por Afonso Miguel às 22:39 | link do post | comentar
Terça-feira, 27.08.13

Starbucks e casamento gay - boicote

 

Nos últimos anos a rede de lojas Starbucks espalhou-se como cogumelos nas principais capitais europeias. Famosa, estandardizada e cool, é um sucesso sobretudo entre os mais jovens que aproveitam o wi-fi gratuíto e o café de relativa qualidade. O problema é a política interna e externa da empresa quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo expressa num memorando de 2012. A posição da Starbucks de apoio à "diversidade" está a ter resposta nos EUA numa reacção que nos cabe também em Portugal.

 

publicado por Afonso Miguel às 22:41 | link do post | comentar
 

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