Terça-feira, 03.06.14

Per obedientiam ad libertatem

No percurso cristão deparamo-nos, não raras vezes, com a dificuldade angustiante em encontrar a justa medida das virtudes que nos são propostas viver. Num mundo em que foram adulteradas por (pre)conceitos que lhes são tão estranhos como a distância da terra ao céu, nesse mundo arruinado por uma metafísica ideológica que se constitui como uma religião civil, é comum associarmos às virtudes cristãs determinadas práticas, modos e finalidades que em nada estão em acordo com a Fé ou concorrem para a acção do Espírito Santo.


A humildade, talvez a mais trucidada de todas, é vítima de uma barbárie que a transforma no seu contrário. Passou a ser compreendida como uma atitude tolerante, ou seja, como uma recusa definitiva da mais simples honestidade intelectual ou do respeito mínimo pelo conjunto de crenças em que tantas vezes fingimos enquadrar a nossa vida - e, consequentemente, por nós próprios -, em nome de um nivelamento subjectivista de tudo. É por isso que o diabo tem encontrado morada privilegiada neste cancro jacobino, que tem como única virtude, digamos assim, beber da contradição da tolerância de só se tolerar a si mesma como valor e fim absolutos.

Não é pois difícil de adivinhar o fanatismo humilde em que o modernismo mergulhou. Na Igreja, o espírito conciliarista de revolução litúrgica, o ecumenismo, o diálogo inter-religioso e a indiferença perante o falso, são o pináculo desta realidade. Sob uma capa de humildade, a tolerância iluminista - substituta da virtude cristã da paciência e a tal que só tolera o tolerante - cavalga na cartilha dos valores pós-VII para a primeira posição das mais elaboradas formas de dissimulação. O inimigo encontra nela bom terreno para espalhar o desprezo à própria Igreja e a toda a tradição católica, num movimento luterano de reforma intra murus.

O demónio esconde-se pois tão bem sob o véu da humildade quanto lhe é impossível fazê-lo sob o da obediência. E é precisamente por isso que, contrariamente ao que se pensa, um católico tradicional consegue amar tanto um modernista tresmalhado quanto este o odeia.

publicado por Afonso Miguel às 23:20 | link do post | comentar
Segunda-feira, 19.05.14

Decadência

Vivemos hoje no insólito de considerarmos um feto como não sendo humano e, ao mesmo tempo, aceitarmos que um desses seres não-humanos possa vir a nascer - já devidamente humanizado! - com órgãos genitais masculinos e ser contudo acreditado como mulher, ou vice-versa. Ou seja, até às doze semanas de vida, em Portugal e em virtude da nossa condição de vida intra-uterina, todos somos ET's, ao passo que uma mulher com testículos nos parecerá, cada vez mais, a coisa mais normal do mundo. Não por acaso, o homem barbudo travestido e convencido de mulher que venceu um concurso europeu de canções nos pode parecer ainda um pequeno ser alienígena bom para circo, fruto, quiçá, de uma qualquer rememoração da sua pretensa realidade inicial de extraterrestre.

 

O certo é que o aborto avança num infanticídio de fazer corar Herodes e a loucura da identidade de género infiltra-se na maior das condescendências com o absurdo. O conforto, ainda que demente, de podermos não ter de aturar uma gravidez e consequentes obrigações naturais da existência de filhos, em nome de uma sexualidade libertina e de um falso direito à propriedade sobre o outro, bem como o de podermos alterar a designação sexual conforme o apetite da mente, são o supra-sumo da construção do pensamento moderno. No fundo, caminhamos para um mundo em que não mais saberemos sequer o que é um homem e uma mulher, como os distinguir e como os enquadrar nos direitos que a dignidade da sua condição humana lhes deveria garantir. Remetendo essa capacidade básica, instintiva mesmo, para o campo da concepção social, ficamos à mercê do que um futuro incerto nos ditará ideologicamente sobre a matéria. A família como base da comunidade política, a própria natureza humana e todo um edifício de pensamento jusnaturalista e metafísico postos em causa pela insanidade positivista revolucionária.

 

Este movimento ideológico que se apoia em cavalos de batalha partidários e de discriminação e perseguição automáticas para quem recusa trucidar a lógica, nasce, não de uma incapacidade em si, mas de uma acção deliberada sobre a consciência moral dos povos. As constituições políticas, carentes de elementos metafísicos anteriores que lhes garantam critério seguro de bem e de mal, desprovidas dessa religação aos princípios iniciais tornam-se repositórios da ideologia. Facto transversal a já quase todo o ocidente europeu, acaba por criar sim, mas à posteriori, uma incapacidade generalizada para o pensamento descomprometido e essencial à busca da Verdade. Aliás, a ideologia não detona a metafísica em si, senão aquela devidamente religiosa. Antes a substitui por uma outra, sendo certo considerar que a dialéctica materialista assenta também ela em elementos de crença.

 

Nesse sentido, é curioso e importante notar a própria substituição da nomenclatura nessa nova metafísica, que a tenta aproximar, na aparência, de um sentimento natural e histórico do que é ser Homem. Esse sentimento, correspondente a uma lei anterior a qualquer constituição, ou seja, correspondente àquele critério de bem e de mal que Deus imprime como capacidade racional em todos os homens, vê-se, nem a propósito, travestido, para que a aceitação dos novos pressupostos morais da ideologia seja progressiva. A virtude moral da caridade é substituída pela solidariedade; a virtude moral da paciência pela tolerância; o dogma pela ditadura do relativismo…

Quando Bento XVI falava de valores inegociáveis - da família, da vida e da educação, esqueceu-se de referir que esse valores entram em confronto com outros que, parecendo subjectivos, são também eles inegociáveis para o mundo, porque também eles filhos de uma metafísica. E esse é o drama da contradição modernista que nos apresenta a tolerância - sobretudo a tolerância - como intoleravelmente inquestionável. A sua raiz protestante, que não admite a desobediência do ateu desligado de tudo e do católico montanista sempre ligado a Roma, está na base da falsa metafísica dos direitos humanos que, ultrapassando a obediência contemporânea da espada espiritual à temporal quer estabelecer na ONU uma latinização universal da liturgia progressista. Mais, quer fazer reconhecer nessa organização e nas instâncias internacionais congéneres substitutos daquela fonte de critério moral que a Igreja foi para a civilização. A mais recente ofensiva da ONU sobre o catecismo para que este mude, à força, a sua posição sobre o aborto é bem a prova disto.

Perante uma hierarquia eclesial que cala ou que, não raras vezes, se posiciona frontalmente contra a mais salutar doutrina católica, em sintonia com o espírito do mundo e suas premissas de pensamento, o que fazer? Diante da tentativa original de Lutero de reformar a Igreja que se repete agora com pele de cordeiro, como resistir? Estou certo, caros amigos, que à parte a necessária restauração litúrgica, já que dela emana todo o espírito cristão e que só por ele se renovarão todas as coisas, à parte isso é na família, também ela escola litúrgica privilegiada da oração comunitária, que está o grande reduto da Cristandade contra o insólito da irracionalidade. Evidentemente, é ela a grande atacada pelo aborto, pela ideologia de género, pelo divórcio, pela extinção do pudor e a normalização do sexo como vício, enfim, pela relativização dogmática da existência sobre a Terra. É pois nela que a fileiras de almas devem armar-se, quais catacumbas que manterão viva a Fé. Dela sairão também os novos sacerdotes da Verdade que, um dia, romperão as trevas do mundo. Só eles travarão, a seu tempo, a decadência natural de uma era de mentira caracterizada pela divinização de todos os pecados. O corpo voltará a obedecer ao Espírito nas leis dos povos.

publicado por Afonso Miguel às 23:21 | link do post | comentar | comentários (1)
Sexta-feira, 04.04.14

Martírios modernos

Um dia, quando formos a uma entrevista de emprego, em vez de nos perguntarem quais são as nossas expectativas salariais e de termos de florear o muito que podemos dar a uma determinada empresa, passamos a ser sujeitos a uma avaliação de carácter que, semelhante a provas que hoje já se praticam, incidirá sobre questões relacionadas com a moral para traçar o perfil do candidato. Não, não se trata de procurar saber se o funcionário seria capaz de, por exemplo, ser injusto com os colegas, enganar os patrões ou roubar uns dinheiros do cofre. Ultrapassa isso: trata-se de perceber se a pessoa está alinhada ou não com a ditadura da opinião dominante, sob pena de ser remetido à leprosaria dos "fassistas". É institucionalizar no trabalho o que se passa na rua.

 

Brendan Eich, ex-CEO do Mozzilla, não escapou a uma outra versão do descrito. Vasculharam-lhe a vida, descobriram-lhe a careca e a leprosaria ganhou mais um inclino. Em nome da santa tolerância...

 

A ler: What Mozilla Means

publicado por Afonso Miguel às 22:40 | link do post | comentar
Segunda-feira, 31.03.14

Syllabus Errorum

Houvesse um sílabo de erros a ser respeitado na construção de igrejas e a de Nossa Senhora dos Navegantes, a novidade no Parque das Nações, seria uma belíssimo exemplo de tudo o que a arquitectura católica não deve ser. A par de aberrações como, entre outras, a Igreja do Sagrado Coração ou a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Olivais, ambas em Lisboa, é este o mais recente mostrengo modernista da capital a fazer jus à institucionalização reinante da fealdade. Vista da Ponte Vasco da Gama assemelha-se a um mamarracho industrial inacabado, indigno da dedicação e das funções que lhe atribuem. Tinha eu reservas em viver em semelhante bunker de traça totalitária soviete, quanto mais em dedicá-lo a Deus. Mas o senhor Dom Manuel acha que está a condizer:

 

Lisboa, 31 mar 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa presidiu este domingo à dedicação da igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no Parque das Nações, e afirmou que o templo “condiz” com a “verdade da Igreja” pela sua configuração “essencialmente comunitária”.

 

“A verdade do templo é a verdade da Igreja e a Igreja é uma realidade essencialmente comunitária, com vários carismas dados a este e aquele, a esta e àquela para benefício do conjunto”, disse o patriarca de Lisboa à Agência ECCLESIA.

 

Para D. Manuel Clemente “antes de ir par ao templo material há a realidade eclesial que tem esta expressão plástica” e que neste caso “condiz” e “ quando condiz e dá um sentimento de integração, de certeza, dá força para a vida”.

 

Para D. Manuel Clemente, a paróquia do Parque das Nações é uma resposta ao apelo do Papa Francisco, que pede às comunidades cristãs para se organizarem e para contrariarem a “crise de compromisso comunitário”.

 

“Pelo facto de se reunirem na comunidade cristã, quer na dimensão sóciocaritativa, quer na catequese, quer na liturgia, nas instalações provisórias que tinham, tudo constitui uma rede que é hoje a rede social do Parque das Nações”, afirmou o patriarca de Lisboa após a celebração de dedicação da igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.

 

Para D. Manuel Clemente, a paróquia do Parque das Nações “é um exemplo de como o culto cristão e a Igreja, pelo facto de ser assembleia, é um fator de união á sua volta, até para os que não são crentes ou cristãos”, sublinhou.

 

E não é que, vai na volta, tem razão! O pároco explica:

 

A igreja do Parque das Nações foi construída a partir da mensagem do II Concílio do Vaticano e os responsáveis não quiseram “impor figuras, nem modelos arquitectónicos”, mas “clarificar os modelos de Igreja” que pretendiam, disse à Agência ECCLESIA o padre Paulo Franco.

 

Para o pároco da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes foi apresentado “um programa iconográfico” que está centrado numa “igreja à luz e à imagem do II Concílio do Vaticano para responder à liturgia e ao modelo celebrativo” que a assembleia magna (1962-65) preconiza.

 

O projeto é da autoria do arquiteto José Maria Dias Coelho que, além de um complexo paroquial, se “centrou na construção de um templo, inspirado em Nossa Senhora dos Navegantes e nos Oceanos, que foi o tema da Expo 98, em cujo território nasceu a nova freguesia do Parque das Nações”.

 

Preparada para acolher quase 700 pessoas, a igreja apresenta “uma arquitetura circular, pensada e executada como casa e escola de comunhão”, onde “a disposição dos espaços e da assembleia, convergem para o que deve ser o seu centro: o altar, centro da ação Litúrgica da Eucaristia”.

 

“É impossível, neste espaço sem se sentir participante na própria liturgia” porque “quase que não há recanto para estar em silêncio, acrescentou o padre Paulo Franco.

 

Lex orandi, lex credendi.

publicado por Afonso Miguel às 22:46 | link do post | comentar
Terça-feira, 25.03.14

FSSPX, "Arca de Noé da Tradição Católica"

Um post do Miles n' A Casa de Sarto a propósito da impossibilidade de diálogo com o episcopado sobre a Missa de Sempre, muito na linha do que aqui escrevi em Agosto do ano passado e venho reiterando desde então.

 

A ler: Da Costa Rica à Costa Lusitana

publicado por Afonso Miguel às 16:03 | link do post | comentar | comentários (2)
Domingo, 16.03.14

Como ser herege e negar todo o cristianismo?

 

Leiam Frei Bento Domingues (negritos, sublinhados e comentários meus):

 

Conversão da Igreja (1) ao serviço da transfiguração do mundo

 

Tanto no sentido moral como religioso, tentar é induzir ao mal ou pôr alguém à prova. (2) É neste último sentido que se fala das tentações diabólicas (3) que assaltaram Jesus, durante o seu retiro no Deserto. Foi solicitado a assumir, de forma milagrosa e espectacular, o poder económico, político e religioso de um país ocupado pelo império romano, provando assim, a sua divindade messiânica.

 

(...)

 

Estamos perante textos de uma cultura semita de há mais de 2.000 anos, com referências ao Antigo Testamento (AT) e continuamente reinterpretados na história das Igrejas. Exigem, por isso, que se volte a perguntar: as tentações de dominação económica, política e religiosa terão, ainda hoje, expressões significativas no mundo contemporâneo? Poderá a Igreja assumir as recusas radicais de Cristo ou terá de as corrigir, para poder voltar a sonhar com uma Cristandade poderosa no futuro?

 

F. Dostoiévsky (1821-1881), no romance, Os Irmãos Karamazov, com A Lenda do Grande Inquisidor, retomou, de modo impressionante, a centralidade desse tema de que só posso transcrever um breve trecho: “Se fosse possível imaginar, só a título de exemplo, que estas três perguntas tentadoras tivessem desaparecido das Escrituras e que fosse preciso reconstituí-las, reinventá-las, imaginá-las de novo, para as reintegrar nas Escrituras, se fosse preciso, para isso, reunir todos os sábios da terra – os reis, os cientistas, os filósofos, os poetas – e dizer-lhes: inventai, imaginai três perguntas que correspondam não só à grandeza do acontecimento, mas exprimam, além disso, em três palavras, em três frases humanas, toda a história do mundo e da humanidade, pensas que toda a sabedoria da terra teria podido inventar qualquer coisa que igualasse em profundidade e em força estas três perguntas que Te foram apresentadas no deserto, pelo espírito poderoso e inteligente?

 

Bastam essas perguntas, basta o prodígio que elas representavam, para se compreender que não se tratava duma inteligência humana, transitória, mas duma inteligência eterna e absoluta. (4) Porque nestas três perguntas estava condensada e predita toda a história ulterior da humanidade. Elas resumiam, também em três imagens, todas as insolúveis contradições históricas da natureza humana. Isto podia não ser tão evidente, então, porque se desconhecia o futuro; mas agora, quinze séculos mais tarde, vemos que tudo o que foi adivinhado e predito nestas três frases se realizou a tal ponto que nada mais se lhe poderá acrescentar ou tirar”.

 

2. Não interessa muito saber se, do ponto de vista histórico, tudo se passou como vem contado nos Evangelhos. No campo literário, o mais simbólico, o mais poético é também o mais real. O que importa, em textos desta natureza, é o seu processo de significação. A sua interpretação em contexto litúrgico depende da seguinte pergunta: em que medida ajudam a interpretar a nossa experiência actual e, por ricochete, como é que a situação actual ajuda a redescobrir a fecundidade de textos exemplares, do ponto de vista humano e cristão?

 

Faço este apontamento não só por causa dessa questão, mas também pelas interrogações suscitadas pela leitura das passagens do livro do Genesis (c.2-3) e de S. Paulo (Rm 5), na mesma celebração. Continuam a alimentar a crença no pecado original, no qual todos os seres humanos teriam sido concebidos e que Jesus Cristo teria vindo redimir. Apesar de todo o trabalho exegético e teológico realizado, tudo isso que parece absurdo, ainda funciona como um arquétipo. Será porque nos continua a servir de desculpa pelo mundo tremendo em que nascemos e para o qual não se vê, ou não se quer ver, remédio? (5)

 

(...)

 

1 - A Igreja precisa converter-se!

2 - Comum e grave confusão entre "tentar" e "induzir em tentação" (... "et ne nos inducas in tentationem"...).

3 - O itálico...

4 - Está a referir-se ao diabo, o autor das "perguntas"?! Arrepiante! Ah, não, o itálico da nota anterior faz aqui sentido: Jesus (Deus) tentou-se a si próprio. Mais arrepiante! Interpretando, o diabo, um dos três inimigos da alma, não existe e o homem é o autor da tentação. Heresia.

5 - Heresia. Anátema. Negação do pecado original e da remissão dos pecados. Demolição de toda a Escritura, Teologia, Doutrina.

publicado por Afonso Miguel às 23:12 | link do post | comentar | comentários (6)
Segunda-feira, 03.03.14

Bispo norte-americano proíbe Missa Tradicional em colégio católico

 

O título do post diz tudo. Nos EUA, o bispo Michael Olson, recém chegado à diocese de Fort Worth no Texas, decidiu proibir a celebração diária da Missa Tradicional no colégio de Fisher More. Depois do ataque aos Franciscanos da Imaculada, seguem-se as escolas católicas?

 

Informação em exclusivo pelo Rorate Caeli. Com um apelo: "blog about this grave injustice".

publicado por Afonso Miguel às 17:00 | link do post | comentar
Sexta-feira, 21.02.14

O fim da "reforma da reforma"?

The End of the "Reform of the Reform": "I too came to see the futility of trying to repair what is, at bottom, structurally unsound", no Rorate Caeli.

publicado por Afonso Miguel às 01:59 | link do post | comentar
Sexta-feira, 17.01.14

São Tomás, liturgia e jesuanismo

“como señala el Aquinate (S. Th. II-II, q. 93, a. 1) “mentir es mostrar exteriormente con signos lo contrario de la verdad. Y así como una cosa puede manifestarse con palabras, del mismo modo puede expresarse con hechos [...] y si con tal culto exterior se expresa algo falso, en este caso el culto será pernicioso”, como cuando se practica un culto que tiende a crear la impresión de que sólo importa la humanidad de Cristo, y ésta entendida como un hombre desprovisto de inteligencia, carente de virilidad, sentimental y muy poco parecido al retrato que de Él no suministran los Evangelios. Que es lo que Bulgakoff dio en llamar la herejía del “jesuanismo”.” Excerto de: Tollers, Jack. “La desacralización de la liturgia.” Jack Tollers. iBooks. É possível que este material esteja protegido por copyright. Veja este livro na iBooks Store: https://itunes.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewBook?id=527990699

publicado por Afonso Miguel às 01:06 | link do post | comentar
Terça-feira, 14.01.14

C. S. Lewis e liturgia

“C.S. Lewis (Carta a Mrs. Arnold, 1-IV-52, en Letters of C.S. Lewis, London, Collins, 1988, p. 420), toda novedad en el culto conspira contra la verdadera devoción: “Un ritual litúrgico fijo tiene la ventaja de que sabemos qué nos espera. En cambio las oraciones públicas ex tempore tienen esta dificultad: no sabemos si podemos unirnos a ellas pues podrían ser falsas o heréticas. Es así que nos vemos compelidos a desarrollar simultáneamente dos actividades recíprocamente incompatibles: la crítica y la devocional. En una forma litúrgica fijada en el tiempo no hay sorpresas puesto que las conocemos desde antes: los rituales preestablecidos permiten que uno se dedique a sus devociones con entera libertad. Por otra parte, encuentro que cuanto más rígidos son, más fácil resulta evitar las distracciones [...] A su través resplandece la forma permanente de la cristiandad. No veo cómo el método de la liturgia ex tempore puede dejar de convertirse en algo provinciano y creo que tiende a dirigir la atención más hacia el ministro que a Dios”

Excerto de: Tollers, Jack. “La desacralización de la liturgia.” Jack Tollers. iBooks.
É possível que este material esteja protegido por copyright.

Veja este livro na iBooks Store: https://itunes.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewBook?id=527990699
publicado por Afonso Miguel às 18:18 | link do post | comentar
Sábado, 11.01.14

São Tomás e liturgia

“Ahora bien, conviene recordar con Santo Tomás (S. Th. II-II, q. 168, a. 1, ad. 3) que “los movimientos exteriores son signos de la disposición interior y su moderación pertenece a la virtud de la verdad por la cual nos mostramos, en las palabras y en las acciones, como somos interiormente” Excerto de: Tollers, Jack. “La desacralización de la liturgia.” Jack Tollers. iBooks. É possível que este material esteja protegido por copyright. Veja este livro na iBooks Store: https://itunes.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewBook?id=527990699

publicado por Afonso Miguel às 12:59 | link do post | comentar
Domingo, 22.09.13

É assim em Lisboa

Entrei hoje na Igreja de São João de Brito. Decorria uma Missa paulina. O sacerdote a celebrar sem casula. Uma mulher acede ao tabernáculo para retirar a reserva. Com o padre sentado de braços cruzados sobre a barriga, a mulher e outro leigo distribuem a comunhão. Depois de guardarem a reserva, retiram as alfaias do altar e levam-nas para as "purificarem" numa pequena mesa que servia de credência. O sacerdote levanta-se, dá a benção, deseja um bom fim-de-semana ao fiéis e sai do presbitério com uma pequena inclinação ao sacrário.

 

Lex orandi, lex credendi.

publicado por Afonso Miguel às 00:13 | link do post | comentar | comentários (2)
Sexta-feira, 23.08.13

Como fazer cumprir isto quando o Papa é modernista?

"Todo aquele que tiver tendências modernistas, seja ele quem for, deve ser afastado quer dos cargos quer do magistério; e se já tiver de posse, cumpre ser removido."

 

São Pio X, in Pacendi Domini Gregis.

publicado por Afonso Miguel às 23:47 | link do post | comentar
 

posts recentes

escudo_ASC
facebook-button twitter-button

links

revistanaçaoportuguesa

tags

arquivo

RSS